Sou um pássaro que voa
Sem ter asas pra voar
Subindo eu sigo ligeiro
Mas desço rasgando o ar
Não venho de muito longe
De uma pequena cidade
Onde o medo e a mentira
Não contrastam com a verdade
Sigo voando parado
Sem saber o meu caminho
Nunca paro no meio da estrada
E nunca estou sozinho
Não canto como canta a cigarra
Não canto como o sabiá
Meu canto é mais curto e difuso
Como o trovão que ecoa no ar
Vivo perto do nada
Do desconhecido existente
Longe dos rios e matas
Perto de toda gente
Vivo em uma bola de neve
Que cai de uma grande montanha
Onde o medo e ilusão
Se misturam com esperança
Por onde passo eu levo
Tristeza e destruição
Realço os contrastes que existem
Dentro da população
População já cansada
Exausta de tanto viver
Não percebem quando chego
Seus olhos não querem me ver
E assim continuo seguindo
Meu destino nunca erro
Não sou bicho, não sou gente
Eu sou pássaro de ferro.
(Janine. B.M)
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